Sobre a cidade

Nova Ponte é um município brasileiro do Estado de Minas Gerais.
A cidade tem 78 anos de história. Em meados de 1993/1994 a antiga cidade foi inundada e foi criada a nova cidade na parte mais alta da região, ao lado de onde é hoje a represa da usina hidrelétrica de Nova Ponte.
Sua população em 2010 era de 12.586 mil habitantes (IBGE - Censos 2010). É um município novo e muito pacato, totalmente planejado. Por ser um município rico, é referência na região do Triângulo Mineiro. Nova Ponte possui algumas comunidades distantes da cidade como Almeida Campos; com 1.400 habitantes (50 km de distância), Jatobá, Lucas, Teixeira, Parque das Arvores.
Nova Ponte, também é conhecida por seu potente carnaval, sendo considerado o melhor da região. O ponto principal do Carnaval na cidade é a "prainha", o Balneário Social de Nova Ponte, e também nas praças. Sendo que a cidade nesta época conta com uma equipe de seguranças para atender todo turista que ali passar.


Em 1755, chegou á região Miguel Antônio do Monte Medeiros, com uma carta de sesmaria, datada de 27/02/1755, fundando, no ano seguinte, a fazenda da Vargem Alegre. Já em agosto de 1756, chega seu irmão, Sebastião do Monte Medeiros da Costa Camargo e funda a fazenda do Córrego das Almas, tendo assumido o comando das ordenações do Distrito de Ponte Nova. Em 1763, chega João do Monte Medeiros, recentemente ordenado padre, instalando a fazenda do Vau-Açu, dotando-a de uma “casa-sede”, uma senzala, um depósito e um curral de porcos. Ainda hoje persiste a construção, conhecida como sede da Usina Santa Helena. Junto com esses pioneiros, vieram vários outros sesmeiros, que foram expandindo o desenvolvimento regional.
A agricultura e o comércio constituíram por muitos anos as principais ocupações dos habitantes.
Em 1860 foi introduzido no município o primeiro engenho de açúcar, com moenda horizontal de ferro. Em 1886 inaugurou-se a Usina Anna Florência, que veio a consolidar, juntamente com outras usinas, uma fase de expressivo desenvolvimento agro-industrial, baseado na cultura da cana e sua transformação em açúcar e álcool. Com o declínio destas atividades, a partir dos anos 70, permaneceu apenas a Usina Jatiboca, no município de Urucânia, emancipado de Ponte Nova.
Com o padre João do Monte, vieram sua mãe, D. Maria da Costa Camargo, e sua irmã, Catharina do Monte, que formaram as fazendas Santa Rita e Mata-Cães, respectivamente. Com a morte da matriarca dos Monte Medeiros, na década de 60 daquele século, sua fazenda passa a seus filhos, por herança. Em seguida, o padre João solicita ao bispado de Mariana autorização para construir uma capela, que foi conferida em 1º de julho de 1770. Depois de seis meses, a capela é erguida no local onde hoje se encontra a Matriz de São Sebastião, antes denominada capela de São Sebastião e Almas de Ponte Nova. Com esse fato, nosso então arraial adquiriu personalidade canônica, que determinou, jurídica e administrativamente, a situação do lugar. Um documento antigo relata: “O padre, não se limitando em erigir e paramentar o templo, dota-o também de um cemitério e doa à Igreja uma porção de terra, desmembrada de sua fazenda, em 15/12/1770, atitude que permitiu o surgimento de Ponte Nova, dentro dos padrões da época, inserida no contexto da província. Este dia deveria ser, portanto, a data correta da fundação de Ponte Nova e deveria ser comemorado como tal, reverenciando a memória daquele que, com seu desprendimento e idealismo, a fundou”.
Sobre o fundador de Ponte Nova, pode-se dizer que era homem austero, de gênio forte e indômito. Sabe-se que suas respostas eram cheias de dignidade e de respeito, mas francas, argüindo personalidade feita e caráter de boa têmpora. Ele nasceu no dia 08/08/1730, em São Caetano de Mariana, sendo o quarto filho do alferes João do Monte Medeiros e de D. Maria da Costa Camargo. Há notícias de que o padre João administrava suas terras com muita fibra e energia e que dava exemplo aos seus escravos de como deveriam trabalhar, a ponto de pegar literalmente “na enxada”. Não se sabe ao certo quando faleceu e nem onde repousam seus restos mortais, se sob o altar da capela de Ponte Nova - aquela mesma que ele construiu ou em um pequeno cemitério de uma das fazendas da família, provavelmente a do Córrego das Almas.

OS PRIMÓRDIOS DA CIDADE

Com o declínio irreversível da produção do ouro, por volta dos anos 1741 a 1761, muitos mineiros passaram a procurar outras atividades de subsistência. A mão-de-obra foi, cada vez mais, sendo absorvida com o extrativismo do diamante, com a lavoura e com a criação de gado. Desse modo, foram sendo instaladas fazendas em número crescente e, já em 1785, o plantio de cana se tornou comum entre os fazendeiros da região. Inicialmente fabricava-se o açúcar mascavo, o açúcar-de-forma e aguardente, por meio de pequenos engenhos verticais, muito rudimentares e movidos por rodas d'água. Remonta a esse período o início das atividades de plantio de cereais e de pecuária. É dessa época o início da construção de um pequeno núcleo habitacional sendo formado ao redor da capela "primeva", com moradias de maior porte e de arquitetura um pouco mais trabalhada. No novo povoado, dois segmentos distintos possuíam moradia: os proprietários de terras e os prestadores de serviços (comerciantes, alfaiates, carpinteiros etc.). Provavelmente, uma das primeiras ruas a ser delineada foi a atual avenida Caetano Marinho. Ainda nesta fase, nota-se a presença constante de índios - os botocudos, que eram uma ameaça às fazendas contra as quais produziam ataques sistemáticos. Os puris eram mais pacíficos e já aceitavam se agregar às fazendas, mantendo diversas aldeias nas proximidades, entre elas uma no alto do morro do Pau d’Alho, onde hoje se encontra o Colégio Salesiano Dom Helvécio. 
A partir de 1781, depois que assumiu o Governo da Província de Minas Gerais Dom Rodrigo José de Menezes, os caminhos e estradas para nossa região foram sendo melhorados e foi construída uma ponte sobre o Piranga, em substituição à anterior, uma das primitivas pontes. A construção da nova ponte, bem mais ampla, segura e "de bom alvitre", aumentou em muito o fluxo de viajantes por toda a área, com o incremento das relações comerciais em diversos sentidos. Há registro de que os primeiros povoadores de Ponte Nova "de que se tem notícia certa", foram os Monte, os Lanna-Marinho, os Toledo, os Toledo-Pisa, os Godói e os Romeiro. Depois, no decorrer dos anos, muitas outras famílias foram se transferindo para cá, contribuindo com a definitiva formação do lugar, mercê de sua intensa participação no crescimento e progresso da região. Como visto, fica plausível o caráter eminentemente agro-pastoril que caracteriza os fundadores dessas plagas - todas as famílias que ajudaram a escrever as primeiras páginas da história da cidade, história essa que se confunde com a história da FAZENDA. Vale a pena recordar o nome de fazendas antológicas como as do Pontal, Xopotó, do Engenho, da Paciência, Quebra-Canoas, dos Quartéis (região atual de Amparo do Serra), entre outras.
As grandes fazendas se estabeleceram e com elas veio o "grande ciclo da cana, e do café, em menor proporção", e demonstraram a vocação agrícola de Ponte Nova e região. Eram produtos com cotações que subiam cada vez mais no mercado de produção. Dos oriundos da cana, o açúcar era o que liderava as expectativas, garantindo o comércio externo e bons preços em Mariana e Ouro Preto. Isso na segunda década de século XIX. Ficou dito que o nosso açúcar chegava a mercados distantes, como, na época, o de Barbacena. A produção de aguardente, então, era quase toda consumida na região, muito apreciada pelos trabalhadores braçais e o excedente da produção do arraial era comercializado em Barra Longa, Furquim, Mariana e Ouro Preto, principalmente, transportado por tropas de burros.

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